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Pais de filhos únicos tendem a superprotegê-los, o que pode gerar problemas no futuro |
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Divida tarefas com a criança, deixando-a, por exemplo, amarrar os próprios cadarços |
"Há vantagens e desvantagens em todos os formatos de famílias, e dar um irmão
a seu filho não é garantia de união", ressalta a terapeuta familiar Roberta Palermo.
Uma criança sem irmãos, no entanto, tende a ser mais protegida pelos pais,
e a falta de regras e de rotina pode gerar problemas ao longo da vida.
Um filho único que não tem frustrações pode se tornar uma criança birrenta e um adulto intolerante para lidar com as dificuldades. Mas o egoísmo não é regra: em uma família adequadamente estruturada, educar um filho único dá trabalho, mas garante que ele
tenha as mesmas noções que uma criança com irmãos.
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Educar uma criança que convive apenas com adultos em casa é diferente de educar irmãos |
Para perceber se seu filho único está sendo mimado, uma pergunta simples responde a
questão: quem está decidindo as rotinas da casa, você ou ele?
Todos seguem os mesmos limites ou as regras funcionam em função do desejo
de exceção da criança? Para o professor do departamento de psicologia da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG) Orestes Diniz Neto, filhos únicos são únicos apenas
para seus pais, e devem ser educados para respeitar crianças e adultos ao seu redor.
"Pais, não façam do desejo da criança o seu desejo e nem um imperialismo", orienta o especialista.
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Rotina ensina as crianças a lidarem com a frustração, por isso estabeleça horários a serem seguidos |
São os pais os responsáveis por decidir a hora de deitar, se é momento para o pequeno
assistir à televisão ou se ele merece ganhar o brinquedo da vitrine da loja.
A rotina dá estabilidade emocional ao cotidiano da criança e a ensina a lidar com a frustração.
"Toda criança deve aprender a esperar e a batalhar pelos desejos", diz Neto.
Divida responsabilidades
No dia a dia, divida as responsabilidades com a criança. Se ela não encontra seus pertences,
por exemplo, ajude-a a procurar, mas não procure para ela. Deixe que ela arrume o quarto,
amarre o próprio tênis e vista o uniforme. Outra dica: mesmo filhos únicos precisam
conviver com "irmãos postiços", como primos ou amigos. Por isso, vale estimular que
as crianças visitem casas de colegas da escola e frequentem parquinhos de diversão.
Quanto aos mimos, a terapeuta Roberta dá um último alerta: dar afeto e cuidado não é mimar.
Fazer pequenos mimos de vez em quando é saudável, o fundamental é ter bom senso e não fazer tudo sempre pelo pequeno.
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Mimos eventuais são bem-vindos, o que não pode é fazer tudo sempre pela criança |
Fonte: http://mulher.terra.com.br/vida-de-mae/seu-filho-unico-nao-precisa-ser-mimado,c1b13472cb5ae310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html
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