terça-feira, 6 de maio de 2014

Dicas Nini: O que você dirá para o seu filho quando ele disser que tem um sonho?


Um belo dia, seu filho vai te dizer que tem um sonho, que descobriu o que ele quer ser quando crescer e o que ele deseja fazer para o resto da sua vida.
Ele estará animado e eufórico com a descoberta da sua missão de vida, enquanto você estará feliz e temeroso ao mesmo tempo.
Você estará feliz porque você ama ver o seu filho feliz e animado com qualquer coisa, mas também estará temeroso porque não sabe se o sonho do seu filho está dentro dos limites da sua “realidade”.
Afinal, você torce para que o seu filho tenha sucesso, que ele entre na faculdade, seja bem sucedido e feliz, mas teme pelo o que ele está prestes a te revelar.
Ele tem o sonho de viajar o mundo e aprender novas línguas. Ou ainda, ele quer se tornar um mágico ou um dançarino. Ele quer começar um negócio próprio ou aprender a investir na bolsa de valores.
Ele definitivamente não pensa em seguir uma carreira “normal”, dentro das normas pré-estabelecidas. Em um instante da sua epifania ele quer criar um emprego novo para ele, e que ainda não existe.

Qual resposta você dará para o seu filho?

a) Eu também já tive um sonho filho, mas tive medo de ir atrás dele. Ou…

b) Eu tive um sonho uma vez, mas daí você nasceu.
Não é vergonhoso demais para um pai e uma mãe se esconderem atrás das suas desculpas e por conta desse mau comportamento contaminar a vida dos seus próprios filhos incutindo neles suas crenças e limitações?
Quer dizer que só atinge o sucesso quem ganha dinheiro ou faz faculdade ou constrói a sua própria empresa?
Seja qual for o mundinho que você pai vive, você não tem o direito de interferir nas opções do seu filho.
Nós pais, podemos mostrar o que aconteceu conosco e com outras pessoas, deixando o julgamento desses acontecimentos a cargo dos nossos filhos, mas nunca podemos dizer para ele que o ideal e mais seguro é fazer isto e aquilo que nós queremos para eles, interferindo no que eles querem.

Não existem mais bons empregos no mundo

Se você pensa que o seu filho vai cursar o ensino fundamental, o ensino médio e o superior e sairá da universidade com ofertas de emprego caindo na sua caixa de e-mail, você está completamente enganado.
Há um tempo atrás existiam empresas que contratavam profissionais-robôs que eram pagos para desempenhar uma tarefa específica e só, mas atualmente o que o mercado de trabalho necessita com urgência é de pessoas que sejam apaixonadas pelos seus trabalhos e que por conta disso, façam um trabalho excepcional.
“Pessoas legais, boazinhas e normais não tem paixão por nada.” ~ Larry Smith
Para se destacar no mercado, não basta estudar e acumular títulos acadêmicos, é preciso criar, tirar algo de dentro de si, que gere valor para o mercado. E isso só é possível quando trabalhamos colocando para fora o nosso melhor, aquilo que vem de dentro, vem da nossa paixão.

Você tem educado o seu filho para criar valor para os outros?

Ou o está domesticando para ele se tornar um repetidor das coisas que os professores falam dentro de sala de aula e você fala para ele dentro de casa?
Se você é pai como eu, já deve ter percebido que nossos filhos são bem mais espertos que nós, assim como nós, quando pequenos, éramos bem mais espertos que nossos pais. Acontece que como a maioria dos pais do passado não tinham uma paixão por aquilo que faziam no trabalho e haviam trocado seus sonhos pelo pagamento de algumas faturas e boletos no final do mês, nós fomos forçados a crescer tendo que trabalhar agressivamente nosso psicológico para abandonar as crenças e os medos dos nossos pais.
Quem passou por isso, sabe do que estou falando…
Nós tivemos que abandonar aquelas crenças limitadoras de que só com trabalho duro se consegue alguma coisa ou aquela que diz que o que é nosso está guardando ou ainda que ricos sempre são pessoas ruins e arrogantes que só querem nos fazer mal.
Mas aí vem o pai que abandonou os seus sonhos em troca de uns trocados no final do mês e repete toda a ladainha que escutou na infância dos seus pais para seus filhos, deixando as pessoas que ele mais ama no mundo encarceradas na mesma cela onde ele próprio se meteu. 
Você realmente quer usar a sua família como seus carcereiros?
Quando o seu filho disser que tem um sonho, você poderá olhar ele nos olhos e dizer: “Vá em frente filho, assim como eu fiz.”
Mas você não poderá dizer isso porque você não foi em frente, não é mesmo?
Ao invés de ter seguido em frente, na direção dos seus sonhos, você preferiu abandoná-los para viver a vida como você foi domesticado para viver.
Ao se ver diante do seu filho dizendo para você que tem sonhos e que pretende alcançá-los, você, infelizmente, deposita nele as mesmas incapacidades que você deve para não se dedicar aquilo que queria ter se dedicado.
Seu filho não é incapaz. Pelo contrário, ele é muito mais capaz que qualquer outra pessoa que veio antes dele na sua família.

É devido ao fato de você não ter batalhado para se tornar quem você tinha que ser que nem você ou seu filho, terão uma carreira brilhante. Fato.  
Tire suas próprias conclusões assistindo a excelente palestra a seguir.
Que a pergunta que dá título ao artigo sirva de reflexão.






Fonte: Por Marcos Rezende http://insistimento.com.br/o-que-voce-dira-para-o-seu-filho/ - 05/2014

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Dicas Nini: 8 dicas para estimular seu filho a escrever


Os pais são os primeiros a terem a oportunidade de apresentar o universo da escrita aos filhos
Para qualquer lugar que se olhe é possível perceber: vivemos em um mundo letrado. Nomes de lojas, indicações no trânsito, anúncios, destinos de ônibus, embalagens de produtos, na caixa do brinquedo, no videogame, as letras estão por toda a parte, dentro e fora de casa. E por isso, o contato das crianças com a escrita acontece muito antes de isso ser trabalhado formalmente na escola.

São os pais, portanto, os primeiros a terem a oportunidade de apresentar esse maravilhoso universo a seus filhos e ajudar a tornar a escrita, mais do que algo prático, em um prazer. Não se trata, no entanto, de assumir a missão de ensinar o filho a escrever. Apenas criar (e manter) uma boa base para o trabalho que a escola fará depois.

"Tão importante quanto um ambiente que seja favorável e estimule a curiosidade é o respeito ao ritmo da criança. Não é saudável a ansiedade em ver o filho escrevendo precocemente, pois isso gera uma pressão que poderá levar a um desinteresse mais para frente", comenta Sonia Maria Sellin Bordin, fonoaudióloga doutorada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Mesmo após o período de alfabetização, há muito o que fazer em casa. "É preciso trazer a escrita para a rotina e envolver a criança em situações nas quais ela é utilizada", defende Silmara Carina Munhoz, doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília).

As duas especialistas apresentam dicas de como despertar e ajudar seu filho a manter o gosto pela escrita.


1.1. Repensar a própria relação com a escrita
Para que o estímulo seja efetivo ele deve vir de alguém que tenha real envolvimento com a escrita. "É preciso deixar de encarar a escrita como um bicho-papão, enfrentar seus próprios medos e limites. Caso contrário é como alguém que não gosta de brócolis querer convencer o filho de que brócolis é gostoso", afirma Silmara Carina Munhoz, doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília). "Quem tem dificuldades ou receios pode aproveitar o momento para vencê-los junto com a criança e criar novos hábitos relacionados ao ato de escrever".



2.2. Saber que tudo começa com a leitura
Quem lê bastante escreve bem. Seguir as recomendações de como incentivar o gosto pela leitura é também estimular a escrita.



3.3. Criar um ambiente no qual regras são seguidas
Para escrever é necessário seguir regras. "Não posso escolher qualquer letra para escrever a palavra ‘casa’. É preciso seguir a convenção estabelecida e isso é mais facilmente compreendido por quem está acostumado com regras", diz Sonia Maria Sellin Bordin, fonoaudióloga doutorada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

O ideal, então, é envolver a criança na dinâmica familiar, indicando que ela, assim com os demais membros da família, possui deveres. "Para os pequenos pode ser algo simples como colocar o travesseiro no armário. O importante é que haja algo e isso vá se ampliando conforme as condições de cada faixa etária", explica.


4.4. Usar a escrita rotineiramente
Manter papel e lápis ao alcance de todos da casa e não perder a oportunidade de usá-los nunca. "Chegou tarde em casa e o filho já estava dormindo? Deixe um bilhete dizendo que você passou no quarto dele para dar um beijo de boa noite", exemplifica Silmara Carina Munhoz, doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília).

Outro bom momento é a hora de fazer a lista de compras do supermercado, que pode ser escrita de forma conjunta, até mesmo pelos menorzinhos (que podem "anotar" desenhando ou rabiscando que é preciso comprar sua bolacha favorita).


5.5. Promover jogos e atividades com escrita
Sua filha é fã de um ator ou grupo musical? Que tal, juntas, procurar fotos e informações e escrever um perfil dele? O menino torce para um time de futebol? Chame-o para fazer como você um cartaz do time, com as principais conquistas e jogadores famosos. Ou seja, a sugestão é aproveitar os assuntos de interesse para produções escritas.

"Mas é importante que isso não se torne uma obrigação. E é para ser feito a quatro ou mais mãos, de forma prazerosa. Não pode ser uma tarefa que a mãe passa para o filho fazer sozinho e que irá cobrar depois", ressalta Sonia Maria Sellin Bordin, fonoaudióloga doutorada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).


6.6. Valorizar a produção
"As primeiras tentativas da criança serão rabiscos. Ela fará um garrancho e irá dizer que desenhou a mãe, o pai, a avó. É preciso reconhecer este grande passo que é entender que um símbolo pode representar algo e não desestimular dizendo que aquilo não é o desenho de uma pessoa", diz Silmara Carina Munhoz,

Isso vale para todos os momentos da escrita. Receber um bilhete e logo apontar que há erros como a falta de uma letra em uma palavra ou que, por exemplo, "casa" não é escrito com "z", só irá reduzir a espontaneidade da criança.

Ao contrário, é preciso adotar pequenos gestos, como guardar um desenho ou um bilhete da criança, ou acompanhar o que o filho escreve em blogs ou nas redes sociais e interessar-me pela poesia que ele criou. "Isto mostra que você valoriza esta forma de comunicação", comenta a doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educação da UnB.

É importante também que os pais também produzam e compartilhem suas criações.


7.7. Preocupar-se com a caligrafia na medida certa
Não é preciso exigir do seu filho excessos de capricho na letra. O importante é que seja possível entender o que ele quis escrever. Caso a letra prejudique o entendimento, vale chamar a atenção. "Um modo bastante prático é deixar um bilhete com um assunto de interesse de seu filho com trechos impossíveis de ler por causa da letra. Ele perceberá como isso atrapalha a comunicação", sugere Sonia Maria Sellin Bordin, fonoaudióloga doutorada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Uma saída pode ser os famosos cadernos de caligrafia. Mas o ideal é debater o assunto com o professor para buscar a melhor solução.


8.8. Não abandonar o processo
O envolvimento da família com a escrita não pode ser encerrado só porque já se percebe que a criança ou o jovem já tem total autonomia no escrever. Os bons hábitos e atividades devem ser mantidos e ainda ampliados, tornando-se algo natural na rotina.

"É um erro comum. Pais deixam de ler histórias assim que seus filhos aprendem a ler, privando a criança daquele momento que ela tanto gostava, o que só desestimula", comenta doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília).








terça-feira, 29 de abril de 2014

Dicas Nini: 4 coisas que todo filho gostaria que os pais soubessem

Em diversos momentos do dia a dia, o seu filho não vai verbalizar sutilezas que, além de ajudarem em seu desenvolvimento, também são prova do seu amor por ele. Confira algumas delas:



Preste atenção em mim, e não apenas no que estou fazendo de errado
Claro que você quer educá-lo da melhor forma possível, e o tempo todo está fazendo isso, mas divida o tempo que fica com ele para apenas... CURTI-LO! Não importa a quantidade de horas que você está ao lado dele (mesmo!), mas, sim, o que acontece durante esse período. Seja espontâneo. Se você não é do tipo que rola no chão, há diversas outras formas de você mostrar que se preocupa com ele, como um bom bate-papo, um jogo de videogame, um livro lido a dois. O que faz diferença é você estar inteiro naquela hora.

Não me peça para ficar quieto quando estou com raiva, permita que eu fale o que estou sentindo
É difícil mesmo ver como seu filho tão pequeno pode estar tão abalado com alguma situação de que não gostou. Mas explodir e não deixar a criança expressar o que está sentindo faz com que ela se sinta desamparada por perceber a ira dos pais. Assim, ele se vê obrigado a guardar aquele sentimento para não ver os pais bravos. Isso pode trazer problemas de comportamento no futuro ou, ainda, regressões em seu desenvolvimento, como voltar a sujar as calças quando já largou as fraldas. Ajude a criança a lidar com a raiva, por meio do diálogo e do seu amor.

Eu já sei que errei e estou arrependido. Não precisa ficar tão bravo comigo
A ocasião mais complicada para dar uma punição em uma criança por mau comportamento é quando ela já está realmente arrependida do que fez. Se ela ficou triste com sua atitude errada, isso significa que sua consciência está viva e sadia. Além do que ela aprendeu errando. Ter essa consciência é o melhor impedimento para a repetição do erro. Ao perdoá-la, você ensinando-a a lidar com a culpa e aprendendo o sentimento de perdão. Nesses momentos a criança entende que você se preocupa com ela e o ama muito, independente do que possa acontecer. Isso é amor incondicional.

Eu sei que você quer me proteger, mas eu posso tomar algumas decisões e ajudar em diversas coisas no dia a dia. Basta você me ensinar

Aos poucos, você pode ajudar o seu filho a fazer as suas próprias escolhas em coisas simples, como escolher o tênis que quer usar, a escova de dentes do Batman ou do Buzz Lightyear. Toda vez que você deixa seu filho tomar uma decisão, ele sente que tem mais controle sobre sua vida, e é positivo. Ele vai passar a cooperar ainda mais para conseguir o controle que está constantemente procurando. Além disso, há muitas tarefas que a criança pode assumir, não só para ajudá-lo em casa, mas porque ele se sente importante em poder contribuir. Ele simplesmente precisa de você para lhe ensinar como fazê-las, seja na hora de arrumar a mesa, as gavetas, alimentar os animais de estimação.






sexta-feira, 25 de abril de 2014

Dicas Nini: Crianças na cama dos pais: será que tudo bem?

Apesar de ser uma delícia, esse hábito pode acabar com a privacidade do casal e tornar os filhos dependentes. 

Entenda



Além de ser uma delícia dividir a cama com as crianças depois de um dia de trabalho, confesse, é bem mais cômodo. Você não precisa levantar para saber se está tudo bem com ele, porque basta abrir os olhos e ele já está ali. Mas isso não pode se tornar rotina.
O primeiro motivo, você vai perceber na manhã seguinte. Com o espaço reduzido e o sono agitado das crianças, a família toda vai acordar cansada. O repouso delas costuma ser mais agitado, é perna para cá, braço para lá e movimentos sem parar.
E você já parou para pensar por que leva seu filho para dormir com você? De acordo com Gelsomina Colarusso, neuropediatra (SP), a frequência desse hábito tem aumentado porque, com os pais fora de casa, o contato com as crianças é menor atualmente. "Assim, ficar juntos de noite é uma maneira de compensar essa ausência, resolver alguns problemas (criança com medo de escuro, por exemplo, e pais muito cansados para levá-la de volta ao quarto) e, claro, de matar a saudade", diz.
Só de pensar no seu filho dormindo no próprio quarto, você já fica com o coração apertado? Acalme-se. É para o bem dele. Uma das coisas que a criança aprende ao dormir no seu próprio quarto é ter a sua individualidade. Permitir que ela volte sempre para a cama dos pais pode torná-la mais dependente e medrosa.
E criança no meio dos pais, você sabe bem, tira a privacidade do casal. “Não dá para dormir de conchinha ou fazer amor durante a noite na hora que rolar um clima”, diz Teresa Bonumá, psicoterapeuta de família (SP). Colocar um colchão ao lado da cama dos pais, por exemplo, também não é uma boa saída. “A criança não está no meio, mas está no mesmo quarto e isso impossibilita o namoro”, reforça Bonumá.

Quando dormir junto perde a graça
Compartilhar a cama se torna um problema quando vira rotina e a criança não quer mais voltar para o seu quarto. Como explica a psicóloga infantil Patrícia Spada, da Universidade Federal de São Paulo, se ela faz birra, grita, ou tenta chantagear os pais para conseguir o que quer, é mau sinal.
Para reverter a situação, é preciso muita paciência. Para facilitar, converse com seu filho e explique que, a partir de agora, ele vai dormir no quarto dele. Se você tiver outros filhos, pode ser mais fácil. Mas o velho e bom método de criar uma rotina mais tranquila após às 18h, com direito a brincadeiras mais calmas, um banho quente antes do jantar e boas histórias antes de dormir - com você sentada ao lado dela na cama e uma luz fraca para espantar o medo do escuro - continua sendo a melhor saída.

No meio da noite seu filho levantou e foi para o seu quarto? Volte junto com a criança para o quarto dela e a acalme até que embale no sono. “É cansativo, dá trabalho, mas vale a recompensa ao longo prazo”, diz a psicoterapeuta de família Teresa Bonumá (SP).


Às vezes, pode, claro!
Assim que seu filho se acostumar com a nova rotina, ele pode, sim, de vez em quando, dormir com você e seu marido. “Mas sempre no tom de exceção. Assim como ele não toma sorvete todos os dias, também não pode dormir com os pais sempre”, conta Teresa. E essa exceção vale para você também. Até porque quem não gosta de dormir juntinho? Se ele estiver doente, acordar muito assustado por causa de algum pesadelo, ou se a família estiver passando por um momento de tensão, como a morte de um parente, deixe que ele durma com você. O mesmo vale para aquelas manhãs em que seu filho acorda mais cedo e vai fazer uma visita para você no seu quarto. Está tudo bem e aproveite esse momento.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Familia/Rotina/noticia/2013/02/criancas-na-cama-dos-pais-sera-que-tudo-bem.html 21/04/2014 21h00

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Dicas Nini: 8 comportamentos inexplicáveis das mães com o bebê

Dizem que mãe é tudo igual – só muda o endereço. Você mesma jurou que seria diferente e, de repente, se vê adivinhando quando o bebê está com fome e colocando um casaquinho a mais só para garantir que ele não vai passar frio. O que está por trás dessas atitudes? Pode culpar a evolução! 



Há quem diga que, quando uma mulher tem filho, consegue a proeza de estar mais perto do divino e também do instinto mais animal. É isso mesmo! Ela se torna excepcionalmente altruísta, devota e uma leoa feroz, disposta a proteger a cria com garras e o que mais for preciso. Isso acontece porque, nos primeiros três meses de vida da criança, a mãe é submetida a duas forças intensas: os hormônios femininos e o instinto de preservação da prole. “No pós-parto, há um aumento na produção de hormônios que ajudam nas tarefas de cuidar e amamentar o bebê, trazendo transformações intensas ao corpo e ao comportamento”, diz o pediatra José Martins, professor emérito da Unicamp (SP). Essas mesmas substâncias promovem alterações cerebrais que dotam a mulher de capacidades extras. “A inteligência emocional é intensificada, tornando-a mais paciente, tolerante e perspicaz na tarefa de entender os sinais do bebê nas mais variadas situações”, explica a psicóloga Flávia Carnielli, da Maternidade Pro Matre (SP).
Como você pode ver, tudo é milimetricamente calculado para que os pais cumpram sua principal função diante da natureza: garantir a sobrevivência da espécie. Assim, a mãe se empenhará ao máximo em alimentar, proteger e agasalhar o seu bebê, como fazem outros mamíferos com seus filhotes. Mas de onde vem todo esse instinto? Para você compreender melhor esses meandros fascinantes da natureza, selecionamos comportamentos “inexplicáveis” da mãe em relação ao bebê. Na certa, você vai se identificar com alguns – ou muitos! – e aprender a lidar com eles.

“Não consigo me concentrar quando meu bebê chora”
Por que acontece? O choro do bebê é como se fosse um sinal de alerta, avisando à mãe que ela está sendo solicitada imediatamente pelo filho. E o impulso de atendê-lo é quase irresistível, já que, nos primeiros meses do pós-parto, o organismo dela está inundado de ocitocina e prolactina, hormônios considerados do amor e da maternidade e que despertam o ímpeto protetor, como explica Fernando Gomes Pinto, neurologista do Hospital das Clínicas (SP). Portanto, enquanto esse som soar, não será possível que a mulher se concentre em mais nada antes de checar o que está acontecendo.
Como lidar: normalmente, a capacidade do bebê de prolongar um choro é maior do que a possibilidade de a mãe de deixá-lo chorando. Portanto, é natural e importante que você verifique o que está acontecendo, mas sem sobressaltos. O choro é uma das únicas formas que seu filho tem de se comunicar com você nos primeiros meses e ele pode acionar esse recurso por motivos nem tão graves, como uma cólica leve ou um pedido por mimo. A reação mais imediata é pegá-lo no colo, atitude comprovadamente acertada, segundo uma pesquisa japonesa realizada no Rinken Brain Science Institute. Os cientistas acompanharam os batimentos cardíacos dos pequenos após o choro, depois de ir para o colo da mãe. Então, constataram que eles diminuem, causando uma sensação de tranquilidade e conforto. Ainda assim, com o tempo, você vai entender o que cada tipo de pranto significa e poderá distinguir uma manha de uma necessidade real, adequando seu comportamento à situação.

“Quero agasalhá-lo a qualquer sinal de mudança de tempo”
Por que acontece? O instinto maternal está focado principalmente em três eixos: alimentar, proteger e agasalhar. Assim, querer defender o bebê do frio com mais uma mantinha, uma meia ou um casaquinho faz parte do “ser mãe”. Mesmo quando os filhos já estão grandes, elas não se cansam de perguntar: “Está levando um casaco?”.
Como lidar: em vez de seguir seu impulso, cheque primeiramente se mãos, pés e ponta do nariz do bebê estão gelados. Em caso negativo, segure sua vontade, e convença-se de que ele está bem. De qualquer forma, é importante saber que, normalmente, os bebês apresentam uma temperatura inferior à dos adultos, em cerca de dois graus. Assim, não é incoerente que você o proteja mais do frio do que faria com uma criança maior.

“Todo barulhinho que ele faz à noite, me acorda”
Por que acontece? No pós-parto, a mulher tem seus cinco sentidos acionados. “Essa habilidade permite que uma mãe escute o choro do bebê mesmo de longe, quando ninguém mais ouve”, comenta Flávia. A habilidade fica ainda mais aguçada durante à noite, considerada um período de maior “fragilidade da cria”, devido a uma memória ancestral que carregamos de que, dormindo, o bebê fica vulnerável. Diante de qualquer barulhinho, ela acorda assustada, receosa de que o filho esteja correndo “perigo”, mesmo que, na realidade, ele esteja só soluçando.
Como lidar: se você acordou, vale a pena verificar se seu filho está bem. Mas faça isso silenciosamente, sem necessariamente pegá-lo no colo. Aos poucos, você aprenderá quais barulhos requerem a presença de um dos pais e quais são ruídos normais que seu filho fará durante à noite.

“Parece que eu adivinho quando meu bebê está com fome ou vai acordar”
Por que acontece? Muitas mães brincam que ganharam o dom da vidência depois que o bebê nasce e que podem sentir as necessidades deles antes mesmo de se manifestarem. “Nos primeiros três meses de vida, é como se o recém-nascido ainda estivesse na barriga da mãe e eles se ‘comunicassem’, ainda que silenciosamente, quase que de maneira automática”, observa Hany Simon Junior, pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein (SP). Isso ocorre porque, após o parto, além do aguçamento dos cinco sentidos, a mulher também aciona o extrassensorial. Em um plano inconsciente, ela consegue captar informações, pistas, e chegar a conclusões acertadas sobre a necessidade do bebê sem que ele precise demonstrá-las.
Como lidar: essa superpercepção sobre o que a criança precisa é importante no primeiro trimestre, porque recém-nascidos são muito ineficientes na habilidade de se comunicar. Passados os meses iniciais, o bebê começa a aprender a sinalizar o que quer, facilitando a tarefa de cuidar dele, período no qual há um prenúncio de diálogo silencioso, em que a mãe conhecerá o filho por meio da observação de seu comportamento. É uma fase bonita na qual uma comunicação efetiva passa a se realizar, ainda que sem palavras.
“Tenho impressão de que meu filho se alimenta menos do que o necessário”
Por que acontece? O excesso de preocupação da mãe com o que o filho come é clássica. E sempre parece que ele não está suficientemente saciado. “Além do desejo de cuidar da prole, a cultura humana nos induz à seguinte associação: quanto mais gordinho e cheio de dobras o bebê for, melhor será a fêmea que o criou. Um filho bem alimentado valoriza essa mulher socialmente, ‘provando’ que ela é boa cuidadora e, portanto, uma parceira eficiente para o marido”, explica Alberto D’Auria, obstetra que estuda instintos e relacionamentos humanos.
Como lidar: por mais que dê medo achar que o filho está com fome, hoje sabemos que gordura não é sinal de saúde. Pesquisas, inclusive, indicam o contrário. Bebês acima do peso adequado para a idade têm mais chances de se tornar crianças obesas, com futuros problemas, como diabetes. “Se a cada consulta no pediatra for constatatado um pequeno ganho de peso, já está muito bom. Não é preciso se preocupar”, diz D’Auria.

“É irresistível a vontade que eu tenho de apertar e beijar o meu filho”
Por que acontece? Esse é um golpe da natureza. Todos os filhotes de mamífero têm a capacidade de suscitar encantamento pelo tipo físico, pela sensação de fragilidade que transmitem e pelos gestos carismáticos. É mais uma “forcinha” para que as mães caiam de amores por seus filhos. E isso tem uma função prática. Bebês são altamente sensíveis ao toque e pesquisas indicam que o carinho físico faz o pequeno se sentir importante, protegido, acalentado e calmo, sendo essencial para seu crescimento físico e emocional.
Como lidar: inevitavelmente, o bebê será a sua prioridade ou mesmo seu único interesse real enquanto ele for bem pequeno. Aos poucos é preciso retomar seus outros papéis na vida. É importante que a mãe passe a se dedicar também à sua função de esposa, ao papel profissional e até ao social após o terceiro mês do bebê. Também é útil que ela volte a se cuidar e atender aos seus próprios desejos e não só aos dele. “Estudos comprovam que a criança é influenciada pela qualidade de vida da mãe. Se ela está feliz, o filho será contagiado e crescerá mais saudável”, constata Simon Junior.

“Me incomoda quando muita gente pega meu pequeno no colo”
Por que acontece? Mães têm uma imaginação bastante fértil quando se trata de riscos que o bebê pode correr. Em contato com muitas pessoas, ela pode concluir que será mais provável que o filho contraia um resfriado, se irrite com cheiros de perfume ou de cigarro ou se contamine com um vírus “camuflado” no organismo de quem o acalenta. Isso passa, muitas vezes até de forma inconsciente, pela cabeça da mulher, o que causa irritação e vontade de “arrancar” o bebê dos braços das pessoas.
Como lidar: reprimir o sentimento pode ser pedir demais à você, mas D’Auria mostra o lado positivo da situação. “Essa circunstância funciona como um treinamento imunológico. É importante que o bebê conviva com outras pessoas para que seu corpo crie anticorpos. E se ele está sendo amamentado, naturalmente já tem um sistema de defesa muito bom.”

“Fiquei mais sensível e, quando vejo qualquer bebê, me emociono”
Por que acontece? Novamente a culpa recai sobre a ocitocina, o tal hormônio do amor. E esse sentimento não se restringe apenas ao seu bebê, mas a qualquer outro, guardada as devidas proporções. É como se retomássemos uma memória de um longínquo passado, quando vivíamos em uma comunidade na qual as mulheres cuidavam das crianças, dos seus filhos e dos demais, enquanto outras faziam as tarefas complementares relacionadas à preservação do grupo.
Como lidar: a emotividade acentuada nessa fase é normal e necessária, porém, esse sentimento não precisa vir acompanhado de tristeza ou melancolia. Essas sensações, quando intensas e prolongadas, podem indicar uma depressão pós-parto. Cerca de 20% das mulheres sofrem do distúrbio, por isso, converse com o ginecologista para verificar se está tudo dentro do normal ou se há necessidade de acompanhamento médico.




Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Familia/Rotina/noticia/2013/07/8-comportamentos-inexplicaveis-das-maes-com-o-bebe.html 21/04/2014 19h00

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Dicas Nini: Teimosia Infantil

Alguns pais se perguntam porque os seus filhos são tão teimosos, e o que eles podem fazer para controlar este comportamento. Se pode mudar este tipo de conduta? Se consideramos o que diz a ciência de que as crianças não nascem ‘cabeça dura’, e sim que esta conduta pode aparecer em algum momento ou fase da infância da maioria, chegamos à conclusão de que este comportamento pode ser uma conseqüência da educação que as crianças recebem em casa, na escola, etc. Todas as crianças passam pela teimosia. Cabe aos pais não permitir que esta teimosia perdure por muito tempo e acabe sendo um hábito ou um costume.

Como se pode educar a uma criança teimosa
Todos sabemos que não é fácil dizer NÃO para uma criança. Mas o NÃO é necessário, é a forma que têm os pais de dar limites aos seus filhos e fazer-lhes entender que nem tudo o que se quer, é possível ou recomendável. Só assim eles amadurecem. E o que acontece quando se diz NÃO a uma criança teimosa? Prá uma criança teimosa o NÃO, não existe, tem que ter algo mais para convencê-la. Ela vai armar uma cena nada agradável, porque vai chorar, gritar, fazer birra, espernear… E é neste momento que os pais devem atuar com firmeza. Dizer NAO e não voltar atrás. O importante não é nem o NÃO que se diz, mas a forma como se diz. Os pais devem mostrar uma atitude de convencimento, de segurança, de autoridade (sem autoritarismo). Não devem levantar a voz, nem mostrar-se nervoso. A criança percebe tudo, até mesmo a insegurança dos pais.
Uma criança obstinada, teimosa e caprichosa não aceita ordens, nem sugestões, pedidos, nem conselhos. As crianças teimosas são reácias à obediência e ao cumprimento de regras. A sua resposta será sempre negativa para os pais. Normalmente, se mostram impulsivos, resistentes e ‘emburrados’. 

O que fazer?

Idéias para lidar com a teimosia infantil

1- Os pais não devem mostrar-se exaltados nem nervosos quando se dirijam aos filhos teimosos.

2- Os pais devem exercitar a autoridade mas com paciência, segurança, claridade e firmeza.

3- Diante do NAO de uma criança, os pais devem buscar o diálogo com ela.

4- A educação requer paciência e perseverança, até que se transforme em rotina.

5- A criança é mais feliz quando sabe o que os pais esperam dela. E isso se diz com limites.

6- A teimosia ou a birra é uma reação desesperada à frustração ou insatisfação, e portanto não represente um trauma para a criança. Deve ser corrigida com o apoio dos pais.

7- Os pais devem saber o por que da teimosia do filho. Algumas vezes, a teimosa vem por rebeldias ou negação de alguma situação que esteja vivendo a criança: divórcio dos pais, mudança de casa, ansiedade, etc.

8- A obediência é uma aprendizagem que deve ser aplicada desde que as crianças são bem pequenas.

9- Teimosia é uma coisa e enfado é outra. A criança pode se enfadar, mas não pode faltar ao respeito com os pais.

10- Se a teimosia persiste, seria bom que os pais fizessem uma auto-avaliação dos seus próprios comportamentos. Muitas vezes, as crianças imitam os defeitos dos pais.

11- Não use a força nem o castigo físico para corrigir a teimosia das crianças. Não educa.



Fonte: http://br.guiainfantil.com/materias/educacao/comportamento/criancas-teimosas-teimosia-infantil/ em 20/04/2014 19:00

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Dicas Nini: Pais devem dar exemplo para criança conviver com a diferença


Para ensinar os filhos a conviver com a diversidade,
o exemplo deve partir dos pais
Reflexo de novos tempos, as famílias estão cada vez mais versáteis. Nas estruturas familiares atuais, os pais podem ser um homem e uma mulher, dois homens, duas mulheres, pode haver apenas a mãe ou o pai, os pais podem ser biológicos ou adotivos. Enfim, há várias possibilidades de composição familiar que vão além dos laços sanguíneos que uniam a tradicional família nuclear da época de nossos avós. Diante desta diversidade, é cada vez mais importante pensar na educação dos filhos para que saibam conviver de forma natural com o diferente.






Segundo a psicóloga Paula Paim, fazer parte
de uma família não nuclear não causa dano algum
à constituição psíquica da criança
“A educação acontece, primeiramente, e de forma mais efetiva, pelo exemplo”, afirma a psicóloga Paula Paim. Logo, um adulto que deseja educar seus filhos para que valorizem e respeitem as diferenças nas formações familiares deve refletir, com sinceridade, sobre seus próprios sentimentos em relação ao assunto. Para a psicóloga Maria Teresa Carvalho, é fundamental que os pais demonstrem com atitudes que não há nada de inusitado em formações familiares diferentes da sua.



Você fora do padrão
Primeiros questionamentos costumam surgir
por volta dos cinco anos
Já quando a família “fora dos padrões" é a sua, além da preparação para conviver com as diferenças, é preciso preparar a criança para a possibilidade de estranhamento por parte de outras pessoas. É importante que o adulto saiba que a formação familiar aparecerá como questão para a criança, mas que isso não é necessariamente algo negativo. Na infância, mais do que em outras fases da vida, a curiosidade em relação ao que é diferente é algo natural.
Segundo Paula, o fato de fazer parte de uma família que não é nuclear não causa dano à constituição psíquica da criança. Porém, como todo ser humano em desenvolvimento, fruto ou não de uma família não convencional, a criança passará por desafios, irá entristecer-se e precisará lidar e aprender com eles. Para Maria Teresa, se os pais notarem algum desconforto dos filhos relacionado à configuração familiar, é preciso primeiro averiguar se o motivo do conflito são comentários de colegas ou amigos ou insegurança da própria criança. A partir disso, o diálogo deve entrar em cena. Segundo a psicóloga, deve ficar claro para os pequenos que existem diferenças em tudo no mundo, mas ser diferente não é algo que a faça ser inferior aos demais.

Escola deve ser um ambiente acolhedor para que a
criança se sinta segura para compartilhar suas experiências
familiares
Escola
Crianças muito novinhas não costumam ter a percepção da diversidade de forma tão presente, logo, não demandam explicações. Para Maria Teresa, uma boa opção é esperar que a criança pergunte. Normalmente, isso acontece por volta dos cinco anos, o que costuma coincidir com a entrada da criança na escola, ampliando seu contato com o mundo e com famílias diferentes da sua.
Assim, o papel da escola é fundamental. Segundo Paula, com a ajuda dos pais e professores, num ambiente seguro afetivamente, a criança terá oportunidade de falar, brincar e construir uma elaboração sobre o assunto, fortalecendo-se, assim, para enfrentar as contrariedades que poderão surgir. Para isso, é importante que os pais escolham uma escola que compartilhe dos mesmos ideais que os seus, seja aberta à diversidade em discurso e prática. 

Se algum aluno demonstrar estranhamento,
o professor não deve tratar o assunto como tabu
Se algum colega demonstrar estranhamento, o professor não deve tratar o assunto como um tabu, dando, assim, uma conotação negativa, e sim mediar o conflito, ofertando espaço para que as crianças conversem sobre o fato e exponham seus sentimentos. De acordo com a psicóloga, quando a escola é acolhedora e aberta ao diálogo, todos se beneficiam. “Com certeza, num ambiente tão aberto, a criança ‘filha biológica de um casal heterossexual casado’ também poderá compartilhar as suas questões acerca da sua própria família”, explica.  

Fonte:
http://mulher.terra.com.br/vida-de-mae/pais-devem-dar-exemplo-para-crianca-conviver-com-a-diferenca,54e0eafc0fb8e310VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html



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