segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Dicas Nini: Maioria dos pais não assume o sobrepeso dos filhos, segundo estudo

Maioria dos pais não assume o sobrepeso dos filhos, segundo estudo

Uma pesquisa escocesa mostrou que 78% não percebem a obesidade infantil e acreditam que as crianças estão saudáveis

Todo pai quer que seu filho seja saudável e esteja dentro do peso ideal. Mas e quando ele não está? Estudos anteriores já mostraram que pode ser difícil admitir a obesidade infantil e um novo levantamento do Governo Escocês concluiu que 78% dos pais daquele país não percebem o sobrepeso ou a obesidade das crianças. Entre os 4.000 entrevistados, apenas 1/5 reconheceu o problema.
Os pais que estavam acima do peso foram os menos realistas diante da condição física dos filhos. E de si mesmos: apenas 1/4 dos adultos obesos assumiram a sua obesidade e 37% disseram estar no peso certo. A dificuldade dos pais em controlar o próprio peso acaba se estendendo para o cuidado com as crianças, segundo o pediatra Silvio Renan Monteiro de Barros, da Sociedade Brasileira de Pediatria. E muitos se recusam a enxergar a situação. "Isso ocorre com outras doenças também, porque os pais não querem ver o que acontece de ruim com seus filhos. Uma das maiores dificuldades na clínica é convencer uma mãe de que o filho está acima do peso".
O acompanhamento médico é a maneira mais eficiente de diagnosticar, tratar e também prevenir a obesidade, como mostra um estudo da Universidade do Sul da Flórida e da Universidade Johns Hopkins, feito com 150 pais. Embora uma em cada três crianças que participaram da pesquisa estivesse obesa ou acima do peso, 83% dos pais disseram que seus filhos estavam com o peso ideal. Na maioria dos casos, o alerta foi dado pelo pediatra: 10% dos pais de crianças com sobrepeso e 30% dos pais de crianças com obesidade só descobriram o problema na consulta pediátrica. Ou seja, a maioria dos pais confunde os quilos a mais das crianças com "excesso de fofura", independentemente do país.
Estar atento à alimentação e ao condicionamento físico das crianças é outra forma de diagnosticar o problema. Se você acha que seu filho pode estar acima do peso, faça um controle do quanto e do que ele está comendo e peça para ele dar uma volta no quarteirão ao seu lado, em passo acelerado. Observe se ele fica cansado e ofegante com facilidade, pois este é um sinal claro de excesso de peso.
Consciência alimentar
Estar atento aos hábitos alimentares de sua família também é fundamental para prevenir o excesso de peso – tantos das crianças quanto dos adultos. Não adianta falar uma coisa e fazer outra... Dados da pesquisa escocesa mostraram que 90% dos entrevistados disseram ter uma dieta saudável ou consideravelmente saudável, embora menos de 1/4 comesse 5 porções de frutas e vegetais por dia. E esta é uma tendência mundial: nove em cada dez norte-americanos acreditam se alimentar bem, ainda que apenas 30% coma 5 ou mais porções de frutas e vegetais por dia. E tem mais: 43% dizem tomar pelo menos um refrigerante ou bebida açucarada por dia.

Como ajudar a combater a obesidade infantil

Caro leitor, a obesidade infantil é um problema sério com o qual as famílias se defrontam hoje em dia e muitos pais se sentem impotentes perante a questão e não sabem por onde começar. Isso é totalmente compreensível dadas as complexidades associadas às causas e tratamentos dessa condição.

Entretanto, existe uma série de ações e atitudes que as famílias podem tomar no sentido de promover uma vida ativa e saudável com cada membro da família dando suporte aos outros membros para permanecerem sadios.

Por exemplo, as famílias podem se esforçar para criar um ambiente que encoraja e privilegia escolhas saudáveis, podem manter contato regular com profissionais de saúde que atuam na área de orientação alimentar e podem ser agentes multiplicadores da alimentação saudável nas escolas e na comunidade.
Para facilitar o processo, coloco abaixo estratégias já bem estabelecidas que podem auxiliar a melhorar a saúde alimentar das crianças:

· Aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade e manter o aleitamento materno, mesmo após a introdução dos alimentos sólidos, até os 12 meses;
· Incentivar a criança a ingerir frutas e vegetais todos os dias;
· Estimule a atividade física de 1 hora por dia. (não precisa ser consecutiva);
· Limite o tempo em frente a uma tela (TV, videogame, computador) a menos de 2 horas por dia;
· Limite o consumo de bebidas açucaradas;
· Crie o hábito de tomar o café da manhã diariamente;
· Procure, se possível, introduzir laticínios com baixo teor de gordura;
· Procure criar a rotina de fazer refeições em família;
· Limite a ingestão de fast-food e a ocorrência de alimentação fora de casa;
· Tente preparar os alimentos em casa como uma família, envolvendo todos os membros quando possível;
· Procure implementar uma dieta rica em cálcio;
· Inclua uma dieta rica em fibras.

Você pode escolher um, dois, três ou todos os objetivos e ações acima para ajudar a sua família a viver uma vida ativa e saudável. Boa sorte!

Site Crescer: Matéria 1, Matéria 2

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