quinta-feira, 17 de abril de 2014

Dicas Nini: Pais devem dar exemplo para criança conviver com a diferença


Para ensinar os filhos a conviver com a diversidade,
o exemplo deve partir dos pais
Reflexo de novos tempos, as famílias estão cada vez mais versáteis. Nas estruturas familiares atuais, os pais podem ser um homem e uma mulher, dois homens, duas mulheres, pode haver apenas a mãe ou o pai, os pais podem ser biológicos ou adotivos. Enfim, há várias possibilidades de composição familiar que vão além dos laços sanguíneos que uniam a tradicional família nuclear da época de nossos avós. Diante desta diversidade, é cada vez mais importante pensar na educação dos filhos para que saibam conviver de forma natural com o diferente.






Segundo a psicóloga Paula Paim, fazer parte
de uma família não nuclear não causa dano algum
à constituição psíquica da criança
“A educação acontece, primeiramente, e de forma mais efetiva, pelo exemplo”, afirma a psicóloga Paula Paim. Logo, um adulto que deseja educar seus filhos para que valorizem e respeitem as diferenças nas formações familiares deve refletir, com sinceridade, sobre seus próprios sentimentos em relação ao assunto. Para a psicóloga Maria Teresa Carvalho, é fundamental que os pais demonstrem com atitudes que não há nada de inusitado em formações familiares diferentes da sua.



Você fora do padrão
Primeiros questionamentos costumam surgir
por volta dos cinco anos
Já quando a família “fora dos padrões" é a sua, além da preparação para conviver com as diferenças, é preciso preparar a criança para a possibilidade de estranhamento por parte de outras pessoas. É importante que o adulto saiba que a formação familiar aparecerá como questão para a criança, mas que isso não é necessariamente algo negativo. Na infância, mais do que em outras fases da vida, a curiosidade em relação ao que é diferente é algo natural.
Segundo Paula, o fato de fazer parte de uma família que não é nuclear não causa dano à constituição psíquica da criança. Porém, como todo ser humano em desenvolvimento, fruto ou não de uma família não convencional, a criança passará por desafios, irá entristecer-se e precisará lidar e aprender com eles. Para Maria Teresa, se os pais notarem algum desconforto dos filhos relacionado à configuração familiar, é preciso primeiro averiguar se o motivo do conflito são comentários de colegas ou amigos ou insegurança da própria criança. A partir disso, o diálogo deve entrar em cena. Segundo a psicóloga, deve ficar claro para os pequenos que existem diferenças em tudo no mundo, mas ser diferente não é algo que a faça ser inferior aos demais.

Escola deve ser um ambiente acolhedor para que a
criança se sinta segura para compartilhar suas experiências
familiares
Escola
Crianças muito novinhas não costumam ter a percepção da diversidade de forma tão presente, logo, não demandam explicações. Para Maria Teresa, uma boa opção é esperar que a criança pergunte. Normalmente, isso acontece por volta dos cinco anos, o que costuma coincidir com a entrada da criança na escola, ampliando seu contato com o mundo e com famílias diferentes da sua.
Assim, o papel da escola é fundamental. Segundo Paula, com a ajuda dos pais e professores, num ambiente seguro afetivamente, a criança terá oportunidade de falar, brincar e construir uma elaboração sobre o assunto, fortalecendo-se, assim, para enfrentar as contrariedades que poderão surgir. Para isso, é importante que os pais escolham uma escola que compartilhe dos mesmos ideais que os seus, seja aberta à diversidade em discurso e prática. 

Se algum aluno demonstrar estranhamento,
o professor não deve tratar o assunto como tabu
Se algum colega demonstrar estranhamento, o professor não deve tratar o assunto como um tabu, dando, assim, uma conotação negativa, e sim mediar o conflito, ofertando espaço para que as crianças conversem sobre o fato e exponham seus sentimentos. De acordo com a psicóloga, quando a escola é acolhedora e aberta ao diálogo, todos se beneficiam. “Com certeza, num ambiente tão aberto, a criança ‘filha biológica de um casal heterossexual casado’ também poderá compartilhar as suas questões acerca da sua própria família”, explica.  

Fonte:
http://mulher.terra.com.br/vida-de-mae/pais-devem-dar-exemplo-para-crianca-conviver-com-a-diferenca,54e0eafc0fb8e310VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html



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